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Tecnologia, como dimensão da vida humana.
As atitudes humanas estão ficando, cada dia , mais dependentes da tecnologia e,
portanto, susceptíveis ás suas vulnerabilidades e seus efeitos. A
filosofia ajuda a reconhecer a tecnologia como dimensão da vida humana e, não apenas , como um evento
histórico.
O controle exercido pelas ferramentas proporcionadas pelos avanços no setor vem sendo alvo de
análises de inúmeros filósofos.
Alguns estudiosos
desenvolvem um paralelo deste domínio com o livro Leviatã , escrito por Thomas
Hobbes (1588-1679). A obra defende a
existência de um governo absoluto, central e forte, que, efetivamente , toma
conta de tudo. Hoje, a internet pode ser considerada o leviatã digital, uma vez
que exerce total controle sobre nossos atos.
Martin Heiddeger (1888-1976), por sua vez ,analisa a questão
da tecnologia, afirmando o caráter
técnico que domina o mundo
moderno. Ele alerta para o fato
de que o homem se
apropria dela e, ao se apropriar, esquece de si e se torna pobre em pensamento,
perdendo suas raízes .
O nosso tempo, segundo Heidegger, representa o fim do
paradigma que, se por um aspecto, é
positivo no que se refere aos benefícios
tecnológicos , por outro é pobre
em relação ao valor das coisas.
Adrew Feenberg considera a tecnologia como a “estrutura material” da
modernidade. Mas ela, ainda de acordo com Feenberg, não é apenas um instrumento
neutro, pois enseja valores antidemocráticos originários da sua vinculação com o capitalismo, que observa o
mundo em termos de controle.
Para Feenberg, os valores
e interesses das classes dominantes estão representados no desenho
tecnológico. A tecnologia não
constitui uma entidade autônoma.
A conquista da natureza que ela traduz não é “metafísica” (
como afirma Heidergger), mas começa com a dominação social.
Marisa Umbelina Silva santos.
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Olá! seja bem vindo à feira de saberes, pode chegar meu amigo, tá fresquinho!!!