sábado, 11 de maio de 2013

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL.


PROJETO DE AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DA COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA) DA
FACULDADE NOVA VISÃO.
Eulaide Rocha            
Francisco C. R. Russo       
Thaís Jordão      



“A capacidade definitiva de um homem não está nos momentos de conforto
 e conveniência, mas nos períodos de desafios e controvérsias.”
(Martin Luther King)

Apresentação.
O Projeto de Autoavaliação Institucional da Faculdade Nova Visão baseia-se com o contexto macro das exigências legais do SINAES (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior), instituído pela Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004.
O SINAES promove a melhoria da qualidade da educação superior, a orientação de sua oferta, o aumento progressivo de sua eficácia institucional, da sua efetividade acadêmica e social. O SINAES é integrado por três modalidades principais de avaliação:

1. Avaliação das Instituições de Educação Superior (Avalies), que se desenvolve em duas etapas:

  • Autoavaliação – coordenada pela Comissão Própria de Avaliação (CPA).

  • Avaliação externa – realizada por comissões designadas pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).

2. Avaliação dos Cursos de Graduação, que avalia os diversos cursos de graduação por meio de instrumentos e vários procedimentos, inclusive a visita in loco de comissões externas.

3. Avaliação do Desempenho dos Estudantes, que consiste na aplicação do ENADE (Exame Nacional de Avaliação e Desempenho dos Estudantes), do qual participam do final do primeiro e do último ano do curso de graduação.

A Lei, supramencionada, que instituiu o SINAES foi regulamentada pela Portaria nº 2.051, de 09 de julho de 2004, que nos artigos 9º, 10 e 14, afirmam, respectivamente:

  • A avaliação das instituições de educação superior terá por objetivo identificar o perfil e o significado da atuação destas instituições, pautando-se pelos princípios do respeito à identidade e à diversidade das instituições, bem como pela realização de autoavaliação e de avaliação externa.

  • A autoavaliação constitui uma das etapas do processo avaliativo e será coordenada pela Comissão Própria de Avaliação (CPA).

  • A avaliação institucional será o referencial básico para o processo de credenciamento e recredenciamento das instituições, com prazos de validade estabelecidos pelos órgãos de regulação do Ministério da Educação.

Introdução.
 
Apresentaremos um breve relato e reflexões sobre a avaliação institucional no ensino superior (SINAES). No contexto globalizado das economias teve reflexos expressivos na educação brasileira constituem exigências, no padrão do ensino e de profissionais mais qualificados e instituição com um papel social de formar profissionais capazes de mudar o mundo, críticos e reflexivos quanto ao seu papel no mundo.
Os avanços na tecnologia requerem profissionais didáticos e dinâmicos atuantes e inovadores, para excelência na aprendizagem do educando e institucional. Diversas fases mancaram o histórico educacional brasileiro que culmina o sistema de avaliação institucional atual, o Enade, SINAES.
Na atualidade o processo de avaliação é de suma importância nos diversos ramos de atividades, visa a reduzir incertezas, a melhorar a metodologias das ações e a propiciar a tomada de decisões qualitativas.
Vivemos hoje num cenário global que traz novos desafios às sociedades e aos Estados nacionais (...). É imperativo fazer uma reflexão a um tempo realista e criativa sobre os riscos e as oportunidades do processo de globalização, pois somente assim será possível transformar o Estado de tal maneira que ele se adapte às novas demandas do mundo contemporâneo. (Cardoso, 1998, p. 15)
               Nesse cenário de globalização é notória a importância da avaliação institucional (Sinaes) e CPA como processo para padronização e qualidade ensino superior e identificação e correção das metodologias e formação docente.
Como resultado de estudos e discussões realizados nas reuniões da CPA, a execução do projeto objetivará não apenas cumprir o prazo e as determinações do MEC. Acima de tudo, será pautada pelo compromisso social institucional assumido em sua missão:
Formar agentes de transformação que se coloquem à disposição da comunidade, interagindo, trabalhando, mostrando-lhes dados e caminhos já tateados pelo conhecimento acadêmico, superando experiências acumuladas, assumindo, desta forma, a parcela de responsabilidade que lhes cabe, partindo para uma atuação transformadora e criadora, buscando uma sociedade verdadeira mente aberta e mais justa em termos sócio-políticos.
 
 
Palavras chaves: Qualidade, Padronização e Formação docente.

Justificativa.
               As avaliações institucionais têm relevância na expansão da oferta de ensino e das Instituições de Educação Superior (IES). Com a edição da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) n.º 9.394/1996,  fica assegurado um processo nacional de avaliação das IES e a União  tem a incumbência de “autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educação  superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino”.
               O Poder Público deve assegurar a qualidade acadêmica das instituições e a consolidação de um sistema de educação superior com alto valor científico e social,  bem como a distribuição e o uso adequado dos recursos públicos. 
               A avaliação institucional ganha destaque, sobretudo com a implantação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), o sistema tem por finalidade a melhoria da  qualidade da educação superior, a orientação da expansão da sua  oferta, o aumento permanente da sua eficácia institucional e efetividade acadêmica e social.
               O sistema articula, coerentemente, concepções, objetivos, metodologias, agentes da comunidade acadêmica, da sociedade e de instâncias do governo. (INEP, 2007) 
               Apresenta como princípios norteadores: a responsabilidade social da educação superior; o reconhecimento da diversidade do sistema; o respeito à identidade institucional; a globalidade da instituição e uso articulado de um conjunto de indicadores; a legitimidade técnica, ética e política; a continuidade do processo avaliativo como instrumento de política educacional para cada instituição e o sistema de educação superior em seu conjunto; o compromisso com a finalidade construtiva e formativa da avaliação; a publicidade de todos os procedimentos, dados e resultados. (BRASIL, 2004)
SOBRINHO (1995, p. 44) define a avaliação institucional como uma ação envolvente que mobiliza o conjunto da Universidade. Não é neutra nem inócua. Produz juízos e reafirma valores que intervêm qualitativamente nos processos sociais da instituição. É dessa condição de participação de todos, que decorre a responsabilidade e a ética em todas as fases do processo de avaliação, na análise dos resultados, na proposição, como desencadeadoras da inovação e da criatividade.


Objetivo geral.

Gerir o Programa de Autoavaliação Institucional da Faculdade Nova visão, em todas as etapas, observando os dispositivos legais, valendo-se do processo de escuta permanente dos diversos sujeitos envolvidos.

Objetivos específicos.
  • Estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo;
  • Formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira e colaborar na sua formação contínua.
  • Incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive;
  • Envolver toda a comunidade acadêmica num processo contínuo de revisão e projeção de suas ações, proporcionando a efetivação de uma cultura da avaliação.
  • Promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber por meio do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação;
  • Estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade;
  • Promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição;
  • Participar das revisões periódicas dos Projetos Pedagógicos e do Plano de
  • Desenvolvimento Institucional, tendo em vista o melhoramento permanente destes documentos.

Metas a atingir
·   Identificar em cada unidade seus objetivos, suas marcas mais fortes, suas preocupações mais significativas.
·   Fazer uma análise do corpo docente quanto às características de sua formação, inserção na carreira, processo de qualificação, distribuição de encargos docentes, de pesquisa e de extensão.
·  Estudar o corpo discente: principais características, formas de articulação com colegas de outros cursos e níveis, sua participação na vida institucional, custos, evasão, indicadores de formatura, bolsas, integração com o mercado de trabalho.
·  Analisar os cursos do ponto de vista da organização curricular, sua adequação às necessidades de formação profissional, articulação das disciplinas entre si, integração entre os diversos tipos e níveis de ensino, entre o ensino, a pesquisa e a extensão.
·  Levantar as condições da infraestrutura para o desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão.
·  Avaliar as atividades interdisciplinares desenvolvidas por núcleos, centros, bibliotecas, laboratórios de informática e programas sociais.
·  Implantar cursos seqüenciais por campo de saber, de diferentes níveis de abrangência, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino;
·  Implantar cursos de pós-graduação: especialização, aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos diplomados em cursos de graduação e que atendam às exigências das instituições de ensino.

Metodologia
O Projeto de Autoavaliação Institucional da Faculdade Nova Visão será realizado através de uma metodologia participativa, mediante a qual se pretende envolver todos os membros da comunidade acadêmica na discussão das principais questões relativas ao curso, assim como um possível redimensionamento das IES.
Tendo em vista a avaliação como ponto de partida pela busca de uma educação de qualidade, a CPA utilizará os seguintes métodos avaliativos:
  • Realização de seminários para a conscientização da comunidade interna e externa em relação ao processo avaliativo.
  • Formação de subgrupos responsáveis pela realização de tarefas.
  • Construção de instrumentos para a coleta, avaliação e análise dos dados.
  • Coleta dos dados.
  • Transformação dos resultados em gráficos.
  • Interpretação / leitura dos dados.
  • Elaboração do plano tático-operacional.
  • Plano de correção
  • Divulgação dos resultados

Avaliação
Os resultados serão analisados pela Comissão Própria de Avaliação CPA, e serão divulgados em forma de relatório conclusivo no inicio de cada semestre, no site da FACULDADE NOVA VISÃO.
Os resultados finais serão utilizados no processo de sistematização e organização de cada semestre visando à melhoria da qualidade da pesquisa, ensino e extensão.
Referências Bibliográficas.
BRASIL. Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004. Institui o Sistema Nacional de Educação Superior – SINAES e dispõe sobre a avaliação da Educação  Superior- SINAES. Disponível em: <http:// www.mec.gov.br>.
BRASIL. Ministério da Educação. SINAES: Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Superior: bases para uma nova proposta de avaliação da educação  superior brasileira. Brasília, DF, 2000
MEC/CONAES. Diretrizes para a avaliação das instituições de educação superior.
Brasília: 2004.
OLIVEIRA, Silvio Luiz. Tratado de Metodologia Científica. São Paulo: Pioneira, 1997.
RISTOFF, D. I. Universidade em foco: reflexões sobre a educação superior. Florianópolis: Insular, 1999.
RISTOFF, D. I. Avaliação institucional. Afirmando valores. Revista Educação e Ensino, 2, (5), pp. 13-21, 2000.
SILVA JUNIOR, J. R., CATANI, A. M. & GILIOLI, R.S.P. Avaliação da educação superior no Brasil: uma década de mudanças. Revista da Rede de Avaliação Institucional da Educação Superior, 4 (8), pp. 9-29, 2003.
SINAES. Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação presencial e a distância. MEC/INEP. Brasília: Dezembro 2011.
SINAES. Instrumento de Avaliação Institucional Externa. MEC/INEP. Brasília: Revisado em set. 2010.
SINAES. Roteiro de autoavaliação institucional. MEC/INEP. Brasília: 2004.
SOBRINHO, J.D. & RISTOFF, D. (Org.). Avaliação e compromisso público. A Educação Superior em debate. Florianópolis: Editora Insular, 2003.
TRIVIÑOS, Augusto N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em execução. São Paulo: Atlas, 1987.

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