Ensinar adultos a principio parece
ser uma tarefa mais fácil do que ensinar crianças, pois pressupõe-se que eles
sejam mais comportados ou focados no objetivo da aula, afinal estão ali por
algum interesse particular e não porque os pais obrigaram. Infelizmente não é
bem assim, o ensino de adultos exige não só conhecimento do conteúdo, como
também a descoberta de novas maneiras para mediação desse conhecimento.
Existe um conceito que foi definido
para o ensino de adultos, a “Andragogia”.
Este conceito estabelece uma postura diferente da exigida pela pedagogia
tradicional, coloca o professor como facilitador e a sua postura não pode ser
hierárquica e sim democrática, onde a principal metodologia é a participação
com a finalidade de inovação. A relação deve ser baseada na interação entre
facilitador e aprendiz, sendo esta do tipo horizontal, ou seja, baseada na
participação onde o facilitador e os participantes sabem que tem funções
diferentes, mas não há superioridade nem inferioridade.
Na Andragogia, leva-se em conta a
experiência de vida do aluno, sua experiência profissional e como o conteúdo
que está sendo passado pode ser discutido pensando-se no dia-a-dia e nas
situações cotidianas. Pelo que noto, uma das principais características da
Andragogia é o clima de co-ação, ou seja, ocorre uma ação conjunta entre
professor e aluno.
Andragogia não é uma novidade, porem
pode abrir novos horizontes no ensino superior e dela podem também ser
aproveitadas varias características, inclusive na pedagogia, pois nesse mundo
em constante evolução, precisamos nos adaptar as novas exigências e quem sabe
até às tendências.
Achei bastante interessante esse tema, mas me inquieta o termo facilitador, acredito que esse termo muda o sentido da educação como eu acredito que ela realmente é.
ResponderExcluirE realmente o ensino para adultos precisa de estratégias muito bem elaboradas, pela minha experiência nos estágio em escolas regulares de ensino, o problema é a infantilização das estratégias.
Muito bom Marcelo!